(638-558 a.C)
Conhecido como legislador, jurista e poeta.
Enaltecido, pelos antigos, como um dos sete sábios da Grécia.(1)
Mas quem foi Sólon e porque devemos recordá-lo?
Sólon
nasceu no seio de uma família da aristocracia, família que os tempos
haviam empobrecido e que, tendo linhagem não tinha bens. Diz-se que não
temeu esta situação que raiava a penúria, antes pelo contrário,
dedica-se, sem receio, à atividade comercial, enriquecendo-se com novas
experiências e conhecimento.
Sólon
surge envolvido em diferentes episódios militares, com destaque para a
tomada da ilha de Salamina, que, pelo seu sucesso angariaram prestígio a
Atenas e ao próprio Sólon.
Em
594 a.C. é, na qualidade de Arconte, que o vamos encontrar pleno de
ideias reformadoras. Atenas vivia uma época de renovação repleta de
conflitos sociais. Sólon analisou-os numa nova perspectiva e desenhou um
conjunto de reformas inovadoras, baseadas nessa noção de democracia,
governo do povo, de que alguns consideram ter lançado as bases.
Reformas
inovadoras, primeiramente na sua forma, porque são agora leis escritas
(até então, a lei era consuetudinária e baseada na tradição oral).
Reformas inovadoras também porque não procuram "agradar" a nenhum dos
grupos sociais em particular.
Mas que reformas propos Sólon?
-
abolição da escravatura por dívidas e proibição da hipoteca da terra -
até então, a classe dominante do Eupátridas, chamava a si as melhores
terras, monopolizava o poder e castigava os insolventes (maioria da
população que vivia na pobreza) com a escravatura;
-
reorganização das instituições políticas com a fundação da Eclésia
(Assembleia de todos os cidadãos, maiores de 30 anos e filhos de pai e
mãe atenienses, que vota leis e delibera sobre os assuntos da Pólis), a
Bulé (ou Conselho dos 400, com funções legislativas e administrativas -
os 400 são eleitos com base na renda anual e não pela hereditariedade de
títulos), o Helieu (tribunal de recurso, aberto a todos os cidadãos
eleitos por sufrágio universal);
-
incentivo ao desenvolvimento económico mediante a criação de um padrão
monetário comum (o Dracma), organização de um sistema de pesos e
medidas, exploração das minas de Laurion, entrada livre a todos os
artesãos e comerciantes estrangeiros (os Metecos) e proibição de
exportação de cereais.
Ideias avançadas para o seu tempo!
Como
poeta, compos várias elegias de indole moral e filosófica, nas quais
muitas das suas ideias políticas são primeiramente apresentadas.
Sólon acabará por se votar a um exílio voluntário quando Pisístrato assume o governo da Pólis.
(1)
Sete sábios da Grécia Antiga: Tales de Mileto, Pítaco de Mitilene, Bias
de Priene, Sólon de Atenas, Cleobulo de Lindos, Míson de Queneia (ou
Periandro de Corinto) e Quílon de Lacedemónia
Imagens:
http://www.mundohistoria.org/blog/articulos_web/las_reformas_de_solonhttp://greciantiga.org/arquivo.asp?num=0114
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